Olá BarbieGremlins!
Hoje vamos de Sufer Rosa por conta do lançamento do filme “BARBIE” (Greta Gerwig) para falar um pouco da concepção artística de nosso curta “O QUE OS MACHOS QUEREM” que, se por acaso passou desapercebido por alguém, tem algumas Barbies no elenco. São elas: Mulan, Anastácia e Cinderela da coleção Princesas da Disney que ganhei da amora Duda Carvalho depois das gravações de seu curta “AVESSO POR DENTRO” (2018).
Vou ilustrar como a direção de arte usou as bonecas na animação em stop motion do teatro de sombras se valendo deste recurso desde a escrita do roteiro no ápice da Covid-19, sem vacina e perspectivas financeiras para sets com mais de 10 pessoas. (um parêntese: o desenho de produção feito pela Carambola Filmes esteve de acordo com a realidade tangível a uma produção paraibana em moldes emergenciais de Lei Aldir Blanc, com muito cuidado e respeito às profissionais, e isso foi fundamental dada toda insegurança física e emocional pela qual passamos). Na proposta de "O QUE OS MACHOS QUEREM", as bonecas fazem alusão à algumas deidades femininas do panteão Afro-brasileiro e Hindu e ao Arcano Maior do tarô VIII - A Força.
Não é a primeira vez que BARBIE ilustra histórias fora de seu universo cor-de-rosa: SUPERSTAR – A HISTÓRIA DE KAREN CARPENTER (Todd Haynes, 1988), é uma cinebiografia em média-metragem que usa Barbie e Ken para contar a vida da cantora, sobretudo o desenvolvimento da anorexia que levou à sua morte aos 32 anos. Apesar da expectativa após o lançamento em festivais e a boa recepção pela crítica, o documentário foi banido dos cinemas e a exposição da situação de Karen não foi autorizada pela família, assim como o uso da música Superstar que dá título à obra. Quem quiser conferir, há no YouTube uma versão gravada de VHS que circulou nos mercados alternativos e piratex depois da proibição.
P.S.: essa autora recomenda a versão do Sonic Youth para a música Superstar.